quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Limite de sanidade: o esconderijo

Hoje mesmo eu acordei atordoado. Pensei estar em casa, mas o lugar era diferente, não era o mesmo de sempre. As horas demoravam mais a passar, o tempo sorria pra mim, minha mãe nao estava fazendo o café, e meu pai nao estava trabalhando. Pensei estar sonhando ainda, mas nada era tão real. Acho que eu nunca tinha visto nada tão real.
A trilha sonora do local era sombria, eu já não sabia o que fazer, eu tentava falar, mas ninguém ouvia. Por um momento entendi qual era o significado dos pensamentos que eu sempre tive, senso crítico alto, duvidava da capacidade humana, e acreditava em fórmulas matemáticas.
Mas ali tudo parecia diferente, estava em completa troca de pensamentos com alguém. Tinha medo de estar louco, mas naquele momento eu nao me importava. Era a maior verdade que já presenciei, e eu nao tinha que me esforçar, pois ninguém ali era vivo ou morto.

Acreditei por um instante, que as pessoas são exatamente isso por dentro. Escondem seus medos e suas crenças; acreditam amar o próximo, mas nao compartilham seus pensamentos; ouvem a quem convêm e se surda ao chamado da consciência.

Mais uma vez acreditei estar louco, e a partir daí eu já não quis mais acordar. Passei meu dias vivendo no mundo real.

Mesmo contra a minha vontade acordei mais uma vez em um mundo falso, estava com mãos e pés presos, os remédios nao me permitiam pensar.

O último lápso que tenho, era ter descoberto a essência da mente humana, mas nesse mundo imaginário que vivo, sou um completo louco, e eles são a falsidade com face agradável.

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