quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Excesso de nada.

Acúmulo de pensamentos vazios.
Os momentos simples não existem mais.
Extensão de sentimentos escondidos, guardados em uma gaveta.

As coisas não deveriam ser como são, os momentos deviam ser mais detalhados, os passos contados, as canções eternizadas.
Vamos fingir que amamos nossas esposas, levar o cachorro pra passear aos domingos, ajudar nosso filho na tarefa da escola. Vamos nos matar de trabalhar pra viver a monotonia de sempre e sentar na nossa poltrona preferida.
Rápido, vamos ver nosso programa de domingo e comer pipoca.

Poderia viver dessa maneira que vivo, e lamentar nao ter feito o inesperado. Não ter ido atrás da mulher que eu amava, viajar com o dinheiro daquela conta vencida, me drogar no almoço de domingo, sorrir quando eu me sentisse feliz, fingir ser coerente com as expectativas dos outros e acabar sendo eu mesmo.

Mas o caminho escolhido foi outro, um que não se pode voltar atrás.
Um caminho pelo qual o roteiro já está escrito, e não acontece nada de novo.
Ter atendido as expectativas de todos, menos a minha.
Tenho um conselho pros meus filhos: "Avance o sinal da coragem, lute por algo sem valor, ultrapasse suas metas, seja menor que sua força e maior que sua coragem. Acredite em você mesmo, arrisque perder tudo, e acima de tudo, viva sua vida, nao deixem que á vivam por você".

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